domingo, 21 de fevereiro de 2016

A adoração que ecoa pela eternidade.

Eu ministro louvor há alguns bons anos.
De fato e de verdade, eu canto desde os 03 anos nos corais de crianças da igreja, e nunca deixei de cantar desde que me entendo por gente. Onde havia alguém ensaiando alguma coisa eu logo me oferecia para cantarolar. Aos poucos a música foi tomando outros rumos, veio a flauta transversal, a orquestra da igreja, o conservatório, os corpos sinfônicos. Mas nada nunca me deu mais prazer do que cantar.

A primeira palavra de Deus sobre essa vocação não veio diretamente a mim, mas aos meus pais. Eles foram sábios ao me guiar para o plano que Deus já havia dito a eles, sempre me incentivando a nunca desistir, a estar em todos os corais infantis ( até quando eu era a mais velha dentre todas as crianças da igreja e parecia um Golias em meio aos Davizinhos ...rs), a aprender um instrumento. Sim, é por causa da instrução deles e da obediência em fazer como Deus disse, que perseverei até ter a mim mesma plenamente convicta de que não importavam os obstáculos, Deus me chamou para a música. Ou seria para a adoração?

Nem toda música é adoração, e nem toda adoração é música. Embora isso possa parecer meio óbvio, tenho percebido certa desatenção de muitos para este fato.
A música foi criada por Deus, e copiada pelo diabo. Música é um instrumento, um meio para se chegar a um fim, e este fim é determinado pela inspiração pela qual aquela canção foi composta. Se uma canção não foi divinamente inspirada, teria sido inspirada pelo que? Ou pela carne ou pelo diabo. Para mim que tenho o ministrar adoração diante de Deus como o combustível e a razão para viver, isso é muito claro. Há canções que quando cantadas, fazem chorar até a pessoa que entrou na igreja pela primeira vez, e isso porque, sendo divinamente inspirada, instiga no homem uma percepção de coisas espirituais. Somos espirito, temos uma alma e habitamos em um corpo. Sendo nosso espirito recriado ou morto, ele anseia por coisas que são espirituais. Da mesma forma, há músicas compostas por uma inspiração que pode levar alguém a depressão, ao suicídio, aos desejos carnais.

Já a adoração, nem sempre está ligada à música, embora ela seja um facilitador da adoração.
A adoração a Deus parte de um desejo sincero de agrada-lo, de prestar a Ele a honra merecida, de exaltar suas maravilhosas e inigualáveis habilidades. Por ser a adoração algo espiritual, ela ecoa por toda a eternidade. Veja esta passagem de Marcos 14:


Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus.
Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: "Por que este desperdício de perfume?Ele poderia ser vendido por trezentos denários, e o dinheiro dado aos pobres". E a repreendiam severamente."Deixem-na em paz", disse Jesus. "Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo.Pois os pobres vocês sempre terão consigo, e poderão ajudá-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão.Ela fez o que pôde. Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o sepultamento.
Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória".
Jesus já havia dito em  João 4 que "os verdadeiros adoradores adorarão em espirito e em verdade".
É a intenção do coração em fazer algo para Deus que nos leva a avançar os níveis de adoração. Você pode cantar o mais alto que puder, se a intenção do coração não está em agradá-lo, sua canção é apenas um som, e é assim em tudo que nos propomos a fazer para Deus.

Para terminar, quero te contar uma de tantas experiencias que tive sobre isso. Era o ano de 2012 no mês de setembro, e eu tive um crise forte de labirintite que durou cerca de 15 dias. No meio deste período era minha escala para a ministração do louvor. Eu me levantei por dentro, me troquei, tomei a medicação de praxe e fui ministrar ao Senhor minha melhor adoração, mesmo em meio a fraqueza física. Meus pais sabem bem o que a adoração significa pra mim e ficaram apenas orando para que eu fosse sustentada pela graça, e ela estava lá disponível. No meio do louvor a unção era tão gostosa, que eu não sentia os sintomas comuns da labirintite, e me movi pelo Espírito com uma palavra inspirada para a igreja. Eu já estava satisfeita por poder ter adorado, e pela graça e o favor de Deus terem me amparado. Três anos depois, em dezembro de 2015, em um dos cultos de oração uma irmã me procurou e disse: "Há três anos atrás, em um culto em que você ministrou mesmo doente, você disse ...... e estas palavras me sustentaram quando eu estava longe de todos, em outra cidade, ferida e sem forças para nada. Apenas me lembrava de você dizendo aquelas palavras e as repetia para mim mesmo, até me levantar."

Música vem e vai. Uma adoração e seus efeitos, ecoam pela eternidade.

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