terça-feira, 13 de agosto de 2013

Vede pois como ouvis.

"...Vede, pois, como ouvis"  - Lucas 8:18

Me lembro de que por anos ouvia muito meu pastor repetir enquanto ministrava  - ou antes de fazê-lo -  esta frase de Jesus. Eu achava interessante ele alertar sobre a disponibilidade do ouvinte e o fato de termos a habilidade de gerenciar como aceitamos aquilo que o outro fala.

Toda vez que precisamos melhorar em algo, é necessário primeiro reconhecer onde estamos errando. Foi assim que com o tempo, a frase tanto usada por meu pastor passou a ser um árbitro para mim. Comecei a perceber que muitas vezes eu podia ter um discurso que para mim parecia óbvio em seus sinais, mas para o outro era dúbio. Mais do que isso, percebi que muitas vezes encarava a crítica do outro, as decisões que não eram o que eu considerava correta, como um grande desagrado, uma afronta e muitas vezes ficava magoada com o que havia acontecido e sido dito.

Vou citar a você alguns exemplos de como não filtramos as ações do outro:


Você manda um SMS e a pessoa não responde. Logo você pensa: "Nossa, que falta de consideração! Não se prestou nem a responder meu recado! Que horror! Não falo mais com fulano também" , e continua numa série de conjecturações, sem que você nem saiba que o celular da pessoa descarregou, ela saiu sem o carregador e só vai poder te responder em casa. Não foi por querer, mas por um imprevisto. Não seria muito mais fácil pensar: "Puxa, o fulano deve estar atarefado, logo mais me responde", e ainda por cima orar para que o Espírito Santo o auxilie nas tarefas diárias?

Você chega ao escritório e dá um sonoro "Bom dia" para todos os presentes, mas uma única pessoa não responde seu desejo ( sim, porque quando você diz bom dia a alguém, está desejando que o dia dela seja assim). Logo de inicio, ao menos que você seja muiiiito espiritual, sua reação vai ser: "Aff, também não falo mais! Pessoa mal educada, mau humorada, tá louco!" , isso porque você não sabe que ela deixou água cair no ouvido, está com um algodãozinho, que não deixa que ela te ouça corretamente, e na verdade o que ela mais precisa é de uma oração para que a dor a deixe.

Nós não podemos controlar o que as pessoas dizem, mas podemos controlar como reagiremos ao que o outro nos faz. Não podemos saber como o outro vai agir conosco, mas podemos escolher como responder aos atos de quem nos cerca. Não podemos medir quem vai nos ofender ou magoar, mas podemos decidir levar a ofensa ou não. E como fazer isso? Buscando amar a todos, e pensar sobre os outros como Jesus pensaria. Que tal?

Afinal, amar é uma escolha.

Com carinho,

Tali.



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